quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

domingo, 19 de dezembro de 2010

I was there - MGMT no Campo Pequeno

As expectativas cénicas não eram altas, mas os ouvidos estavam excitados ao expoente máximo. Contra o que se esperava começou-se em grande com o hit The Youth, seguido do hino Time to Pretend. Saltos e braços no ar com fartura no público. Sorrisos e contenção no palco. Song for DanTreacy não deixou marcas, mas Weekend Wars marcou pontos, não fosse das faixas preferidas em CD. Depois de I found a Wisthler, o Flash Delirium foi um ponto alto, com, finalmente, luzes psicadélicas, generosidade nos acordes e algum delírio. Of moon, birds and monsters preparou-nos para o muito esperado e amado Electric Feel.
Adormeci um bocado na passagem, algo exaustiva, de algumas faixas deste último album, mas o Kids, deu o toque de alvorada com um Andrew de boné de pai natal, Ben a vir saltar no centro do palco e a dar um setlist a um fã e com o tu tu tu tu tu turu tu tu tu tu entoado num Campo Pequeno feliz e civilizado. Brian Eno acabou com o concerto sem espalhafato
O encore não se fez tardar,e ainda bem, que nos ofereceu o (um dos ?) ponto alto da noite com um The Handshake e outro muito sentido Congratulations que nos encheram as medidas. Um bom concerto para acabar com esta tourné. Thanks guys !



A primeira parte assegurada pelos ainda adolescentes, mas muito promissores Smith Westerns, merece aqui algumas linhas, a promessa que nunca mais negarei rebuçados de mentol aos teenagers que se cruzarem no meu caminho e a nota mental para me infiltrar nas festas de fim de ano da escola secundária daqui do bairro. Para os puristas, amantes de uma pureza tão branca que um dia vão reaver a virgindade perdida, fica o alinhammento, para ajudar a guiar a potencial descoberta : still new, dreams, boys r fine, girl in love, imagine, tonight, my heart, be my girl, gimme more time, weekend, dye the world. Muito bom.

Mlle_Carla

terça-feira, 30 de novembro de 2010

This is a solid !! "NY is killing me"

Esbarrei-me com "NY is killing me" de Gil Scott-Heron e Jammie dos XX e agora so quero que seja rapidamente Fevereiro de 2011, data em que o album "We're new here " vai sair. Nem quero saber do Natal para nada !



A primeira versão merece ser mencionada, ouvida, re-ouvida e muito bem aconchegada entre dois auscultadores, saiu este ano no "I'm new here" e para a descobrirem antes da passagem do furacão Jammie, aconselho-vos, a cliquar aqui..

Mais infos :
http://gilscottheron.net/
http://www.myspace.com/thexx

Mlle_Carla, this is a solid !!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Podia ser o novo filme de tim Burton, mas não :Headless Horseman



Fareed Sajan e Conner O'Neill, vêm de NY, mas estão longe de se interessar aos arranha-céus. Com eles entramos num folk misterioso, com direito a brumas, feitiçarias e encantamentos. Numa onda que ja conhecemos de outros caminhos sonoros, experimentemos com cuidado o 5 em 1 deste blogue :



http://www.myspace.com/headlesshorsemanjams

Mlle_Carla, por caminhos nublosos

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Tricky ataca novamente. Arma secreta: "Mixed Race"

Tinha-o perdido de rasto, num beco demasiado under e não suficientemente ground (nenhuma ideia do que quero dizer com isto, mas um dia tinha de o escrever) e este Mixed Race de album veio colocar Tricky, uma vez mais, na mira dos meus auscultadores (estou-me a perder com a rétorica hoje).
No que toca ao melhor : 
UK jamaican levanta-nos da cadeira, como o Technologic dos Daft Punk fazia tão bem ha uns anos atras.
Time to dance, outra faixa que apetece. Grooovy e cool. Tão Tricky.
Outro very best deste album, Every day, cantamos até e sobretudo a guitarra dããã!!
Early bird hipnotiza, mas isto é canja, Tricky é profissinal na arte. Usar Tricky e hipnotismo na mesma frase é banal, tornou-se um cliché, mas para falar desta faixa torna-se obrigatorio. Suspiros. Suspense. Hipnose.
 Really Real, de tão envolvente é mais do que uma musica, um filme, uma atmosfera, no Really Real cabe uma nova vida. Really.
Apetece-me fazer boxe e fumar cigarros especiais. Tricky, tricky...
Deixo-vos com "Murder Weapon". Declino qualquer reponsabilidade do que vierem a fazer depois ou durante o visionamento deste video. Estão por vossa conta. Obs: Foi o Echo Minot quem passou por aqui antes.



Mlle_Carla, a sentir-se mais dealer do que nunca

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

The Walkmen

 The Vintage Sound of 'Lisbon'


IndieAna, in a past life mode

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Tan Lines- Synth Pop dos trópicos


Adivinhem vá! É difícil descobrir a origem desta dupla que soa, para mim, fartinha, fartinha do 'ram ram' que aí anda, a 'há música para além do orçamento de estado e é bom andar por cá e mexer os ossinhos'.
Directamente de Brooklyn, ah terrinha fértil, os Tan Lines, a fazer-me pensar que estou num país tropical!


IndieAna, in a kind of a tropycal mode

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Maximum Ballon - A magia do volume no maximo

David Sitek juntou todos os seus conhecimentos magicos e geniais numa boa produção, de Karen O, David Byrne, Ambrosia Parsley (Shivaree), Yukimi Nagano (Little Dragon) a Theophilus London e Aku, Holly Miranda (presente no SRSB deste ano), Katrina Ford (Celebration) e os suspeitos do costume e velhos amigos Kyp e Tunde de TV On The Radio. E o todo revelou-se numa pop dansante irresistivel e facil de se gostar.



Mlle_Carla, a rebentar a bolha com o volume maximo

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

I was there - We Have Band @ Point Ephémère, Paris

A sala de concertos do Point Ephémère foi uma vez mais totalmente esgotada pelo grupinho lá da frente, pelos fanáticos desta pop sintetizada disco-punk super sexy dos We Have Band.
Dareen Bancroft à esquerda, voz impecável e visivelmente satisfeito por estar em Paris, You're lovely, really, it's so cool to be back in this city, repetia enquanto vendia merchandising no final do concerto. Thomas Weeg-Prosser comunicava em francês e apresentava os elogios e as próximas musicas e Deedee, aka, Deborah Weeg-Prosser (são casados, para quem gosta de info people) que antes do concertos distribuía sorrisos e cumprimentos, misturada com o público presente na esplanada, soltou os cabelos e a forte voz em apelo às palmas e aos gritos Give it all you got !!
Grande momento no Honeytrap, com o público a vibrar e a responder ao apelo do ritmo, seguido de muitos sentidos Oh ! Oh ! Oh ! Divise veio só comprovar que estavámos no melhor local desta noite parisiense. 




Mlle_Carla

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Ava Luna - Um adjectivo e o seu oposto

Vêm de Brooklin, como quase todos vêm. Parecem e soam inteligentes. Dão uma ideia nova do que pode ser o Groove e o Jazz. São post-muita coisa e não sei como é que conseguem chegar a este resultado, o que vejo é que este post é dos mais estranhos que me propus escrever. Não se percebe nada do que se ouve, e, no entanto, tudo é tão simples. Basicamente podia agarrar numa palavra, como branco e a seguir dizer que também é preto. Ou cool e complexo, ou ... E acabar às 16h porque é a hora do cha.
Mas prefiro deixar-vos a dica - Ouçam !
Adoro ! E nem quero pensar no que vai ser quando as raparigas todas conseguirem cantar afinado...
E aqui a expressão "Não faças o que eu digo, faz o que eu faço" perde todo o valor, porque este grupo é oficialmente a banda sonora desta minha sexta-feira.
Convosco... Ava Luna !! Clap, clap, clap !



Eles são : Ethan Bassford (baixo), Felicia Douglass, Carlos Hernandez, Becca Kauffman e Anna Sian (vozes), Alex Smith (bateria) e Nathan Tompkins (sintetizador).
www.myspace.com/avalunaband

Mlle_Carla, 24h and still satisfied

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Gauntlet Hair - Aviso: Viciante e altamente contagioso

Foram descobertos por um outro dealer que, entretanto, se deve ter perdido algures entre o Monte Fuji e a vontade de se reformar antes dos 30.  Pelo que vai ter mesmo de ser pelo meu teclado, que os Gauntlet Hair chegam a esta recôndida coordenada blogosférica. Nevertheless, o que importa é não deixar passar este poderosíssimo e original som num caminho distante dos vosso headphones.
Obrigada Dōmo arigatō Noguchi, onde quer que estejas.
Já foram comparados aos Animal Colective, aos Drums e aos Dominant Legs e já foram utilizados adjectivos como fenomenal e fantástico para os descrever, mas acreditem, são diferentes e merecem uma gaveta só para eles.
No quadradinho em baixo vão encontrar umas guitarradas que vos vão fazer carregar na setinha várias vezes. Que deixam sempre vontade de ouvir, assim, só mais uma vez, e mais outra.
Preparem-se para um novo vício que vai certamente deixar sequelas e contagiar muita gente, é o novo vírus do Outono. E não existem ainda sinais de vacina.


Na foto de cima eles são o Andy R. e o Craig Nice e mostrarm tudo no http://www.myspace.com/gauntlethair

Mlle_Carla, ainda e sempre no activo, venham os vicios que vierem


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Of Montreal chegaram (enlouquecidos) (sim, ainda mais) (não, não se prevê melhoras)



Parece ser mais um daqueles albuns que se ama ou odeia e por estas bandas esta-se apaixonado. Pronto, assim, logo no inicio, Trunga! para perceberem de que lado esta vossa dealer, que não haja margem para confusões.
Que havia algo (podre ?) estranho no universo de Kevin Barnes, ja todos andavamos mais ou menos a suspeitar. Primeiro um Hissing Fauna, Are You the Destroyer? que nos levava a gargalhar nos dias que para ai estavamos virados, seguido de perto de um Skeletal Lamping que nos deixava à deriva em mundos onde tudo é possivel, principalmente o impossivel e imprevisivel, e agora... agora a coisa descarrilou de vez, alias, nunca houve carris que valesse a esta maquina alucinante que se revelou ser o False Priest. Continuo a ouvi-lo como posso, meio perdida com tanta informação, meio zonza com tanta novidade entre o vintage e os mixes hiper tecnologicos. Deve ser isto o amor.
E, olha, por falar nisso, um bocadinho de Coquet coquette.



Mlle_Carla, quando me encontrar venho aqui dizer mais qualquer coisa

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Kings of Leon, Radioactive



Não sei explicar. Deve ser da radioactividade! Ou da água!
A rockar, repetidamente, até cansar! À espera de mais e depois volto aqui com eles!
Bora lá:


IndieAna, em rock and roll ohhhhh yeahhhhh mode

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Radiohead - Um mundo melhor é possivel !

Os Radioheads pedem para, por favor, aproveitar e partilhar.

São, mais uma vez se confirma, uma banda que faz a musica pela musica e isso é musica para os ouvidos de qualquer dealer ou fã. Se escrever outra vez a palavra musica o que é que acontece ?
A ultima boa ideia foi pedir aos fãs para gravarem o concerto que deram recentemente em Praga, para depois darem azo a este post The Soundealers onde se pode ir buscar a integralidade do concerto gratuita e legalmente. Quem é amigo, quem é ?
Podem ir ao site oficial ou ao youtube

Aqui fica uma espreitadela rapida.



Mlle_Carla, em Praga e muito agradecida

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Glasser - Iniciação a Sessões Misticas de final de Verão


Glasser, ou melhor, Cameron Mesirow, prepara-se para dar à luz um album leve e profundo, que anda a levar mais longe caminhos antes traçados por Beach House, Björk, Bat for Lashes e uma Fever Ray versão menos underground. Por enquanto, três faixas andam a ser mixadas e remixadas por todos os DJs atentos do planeta e a ser apropriadas por todos os dealers competentes. Uma volta urgente ao seu espaço no local do costume deixa-nos adivinhar sessões hipnotico-tribais em noites mais inspiradas.
http://www.myspace.com/glasssser

Do album Ring, sabe-se que vai sair a 28 de Setembro nos States, que as faixas Apply e Tremel foram seguidas de Home e que no seu myspace hoje andava um Glad a rodar. A investir, seguir e se deixar possuir.


Mlle_Carla, a levitar longe e muito alto

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Of Montreal - Muito prazer anunciado para Setembro

Quando já ninguém tiver férias para tirar e quando o Verão já estiver para trás, com a sua generosidade de festivais de Verão, sol e banhos de mar, vamos poder abrir a surpresa que a banda Of Montreal anda-nos a preparar com mais ou menos secretismo.
O albúm False Priest vai estar por aí no final de Setembro nos leitores e auscultadores mais precavidos. Mas para quem anda atento a este blogue, a setinha no quadradinho já vai dar que falar e ouvir.
Please look at the traila to find Infinite Pleasure:



Mlle _Carla, que não anda a dormir nas férias

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

SW 10 - 8 Agosto

Mondo Cane de Mick Patton
Um concerto que acertou na mouche no festival Sudoeste, onde o second degree é a única forma de sobrevivência e de manutenção do nível limite de sanidade mental.
Fatinho branco, muita brilhantina, um bigodinho que não lembra a niguém, e aqui temos Mick Godfather Patton a fazer-nos viajar no ambiente de um hipotético filme de Kusturica sobre a mafia siciliana, através da fusão de um megafone com um violino.
O mundo estava a precisar disto.
Eu não.


Beirut
Ainda os técnicos de som preparavam o terreno e já se gritava no palco secundário mais cheio do planeta. Zack Condon podia vir-nos cantar os parabéns a você acompanhado de uma bilha de gás e seria aclamado, mas decidiu abrir com o magnífico Nantes. E a partir daí já não me lembro de mais nada, mais admirada que os já muito admirados Beirut, com tanto entusiamo. O público exaltado conhecia de cor as letras, cantava os sons da trompete, dançava com o acordeão, encorajava o piano, saltava com a bateria. Houve quem tivesse proposto Elephant gun para hino de Portugal, nada nos poderia ter preparado para o que se passou naquele palco.
A organização deste festival ou tem muito sentido de humor ou é completamente inconsciente... 


Air

Massive Attack

Mlle_Carla (post em construção)

SW 10 - 7 Agosto

Friendly Fires
Muito longe da imagem dandy dos videoclips, o britânico Ed Macfarlane, incendiou o palco secundário de um já muito quente dia, revelando-se um verdadeiro e furioso animal de palco. Com uma dança sensual de meter inveja à Shakira e muita, muita vontade de dar uma verdadeira razão de ser a este dia de festival, Friendly Fires acelarou muita batida cardíaca.
O concerto arrancou com um enérgico LoveSick, seguido de um Jump in the Pool desarmante. Ed promete-nos festa e cumpre. Salta para o meio do público, não para um banal crowd surfing, mas para dançar com que mereceu, ao som de uma batida irresístível (Thanks Jack !) , posso dizer que dancei literalmente com o muito suado e contagiante Ed Macfarlane.
True Love, seguiu-se de um muito saltado Skeleton boy.
It´s hot, so Hot in Portugal
As pingas de transpiração saltavam, mas ao meu lado saltava-se ainda mais quando começou In the Hospital.
No hiper ritmado Kiss of Life, temi ficar afónica, ao meu lado havia quem metesse a a mão à garganta. Mas sem piedade segui-se um frenético On Board. O golpe de misericórdia ficou para o fim com um histérico Paris, com o grupinho da frente completamente extasiado. And every night we'll watch the stars / They'll be out for us.
Encore sem saída de palco, por aqui, não há cá descanso nem mudança de camisinha.
Ex Lover fecha um concerto fe-no-me-nal que não passou despercebido para quem esteve na Herdade da Casa branca para ouvir música.
Oooooh kiss of life


Bajofondo
Depois do arraso no palco secundário, dirigi-me a medo, ao que estava prometido neste muito peculiar cartaz e infelizmente não entrei em coma alcoólica, pelo que fui transportada ao Festival do canal Panda, com o patrocínio de Mika.
Sentada no chão, cabisbaixa e deprimida com tanta felicidade cor-de-rosa, já não estava à espera de nada para além do pó. Do pó viémos, ao pó voltaremos. estou a referir-me ao parque de estacionamento, que proporcionou muita gargalhada com mensagens deixadas nos vidros dos carros.

E de repente, LUZ !

Ao princípio, olha e parecem os Gotam Project, depois, olha que não, são muito melhores, para finalmente perceber que este grupo originário do país do Tango, estava-nos a levar ao mais original, vibrante, arrepiante e completamente inesperado momento da noite. O público que se ía juntando, ía começando a dançar, a girar, a saltar, as caras a formar um largo sorriso genuíno. Bolas que até estou a ficar com pele de galinha ! Foi preciso vir um grupo da Argentina e do Uruguai para nos lembrar que a música também pode trazer felicidade, daquela que está mesmo muito cá dentro. Sortudos e abençoados os que invadiram o palco e abraçaram esta boa gente.
Estou a exagerar ? Este último parágrafo é particularmente ridículo ? Cliché ? Kitsh ? Ide correr ouvir, é tudo o que vos digo.
Amen, aleluia ! 

 

Mlle_Carla, depois da traversia do deserto, em estado de graça

sábado, 7 de agosto de 2010

SW 10 - 6 Agosto

Lykke Li
Foi a razão de vir este dia à Herdade da Casa Branca, mas não estava à espera de assistir a um momento tão forte e explosivo.
I´m good, I´m gone arrancou as primeiras emoções fortes desta noite, com um fumo branco que nos levou para um mundo distante, mesmo muito longíquo do imenso mar previsível e pouco empolgante do cartaz do dia.
Sons como o singelo Dance, Dance, Dance foram transformados com uma forte percurssão, uma presença de palco sensual e enérgica, quebras no momento certo e muita mestria na arte de surpreender, mesmo os que conheciam de cor o albúm Youth Novels.
O excelente Breaking it down foi-nos apresentado na sua versão alternativa (de que já tinha falado num post anterior) com uma Likke Li teatral, em botas de salto improvável e um vestido-capa negro, um xaile por vezes a tapar a cara, durante uma dança frenética, como foi o caso na performance na Hanging High, e uma expressão de quem está mesmo a sentir a música. Expressão que se contagia nos restantes músicos e na maior parte dos que estiveram no local certo desta noite.
Uma surpresa com uma versão de ready or not dos Fudges com a cantora de apoio, numa dança inesperadamente sexy, encaixou na perfeição, mesmo para quem não é fã do género.
O Little Bit ganhou uma nova dimensão ao vivo e conquistou o público mais céptico que respondia ao sinal e forma de coração que Likke Li enviava.
No final um sentido falling down terminou discretamente, com um beijo de despedida, esta nuvem de êxtase. Estávamos de volta à terra, cruelmente, sem um desejadoe necessário encore.
Tivémos ainda direito a duas canções nunca antes tocadas. Em baixo nos quadradinhos do youtube, Bónus extra !



Um das duas excelentes músicas novas, tocadas pela primeira vez em público :



Uma pequena amostra da estrondosa versão de Dance, dance, dance :


De resto, foi andar a correr, primeiro para fugir da neo-zelandesa Ladi6, muito contente por aproveitar o Verão e as praias de Portugal. Ao menos alguém satisfeito.
A seguir correr ainda mais depressa para escapar aos melos durante James Morrisson. E, finalmente, já estando por tudo, aterrar na tenda na mesma altura dos Nu Soul Family. E aqui, seria preciso ser muito snob para não admitir que estes, ao menos, sabem animar e motivar multidões, participar nos Da Weasel foi sem dúvida uma grande escola. Um momento para homenagear António Feio, ao som de Celebrate da Madonna... Depois ainda tivémos um Jamiroquai, com as músicas do costume, o tal chapéu de indío e muita sopa na maneira de apresentar mesmo os sons mais interessantes.

Mlle_Carla, directamente da praia do Carvalhal

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

SW 10 - 5 Agosto

Groove Armada vieram ao socorro de um dia de festival sabotado por M.I.A. e os The Very Best explicaram-nos faixa a faixa porque é que se chamam assim. The Flaming Lips merecia outro post à parte, outro festival, outro público.

The Very Best
Como esperado, o som do Malaui, invadiu a tenda, com a voz e simpatia de Esau Mwamwaya e com um MC vindo directamente da África do Sul para nos mostrar para que é que servem os MCs, para nos fazer vibrar, pular, gritar. Duas dançarinas, ainda vieram contribuiram para entrarmos no calor desta fusão de sucesso afro-europeia.
A tenda encheu rapidamente, para se transformar numa imensa e enérgica festa a lembrar os Buraka Sound System, mas desta vez, só com os hits e sem momentos repetitivos e longos.
Julia fez o público aquecer, o Warm Heart of Africa contou com a voz gravada dos Vampire Weekend, e no final, escolhidas pelo MC, houve quem subisse ao palco.
O melhor desta tenda, esta noite, sem dúvida. Depois de uma Rye Rye, com a energia e a repetição perfeitas para uma aula de aeróbica e um Marcio Local profissional, mas sem originalidade, com música brasileira daquela que já se faz há 20 e ainda não evoluiu.


The Flaming Lips
Vieram depois de uma Maria Gadú igual a umas 40 que o Brasil exporta por década e uns Bomba Stereo, liderados pela colombiana e com certeza atleta, tendo em conta o que ela correu no palco, Liliana Saumet, que bateu mesmo ao lado do que estávamos a precisar...
E finalmente ... entrámos no fabuloso cérebro de Wayne Cayne, numa viagem psicadélica, surreal e humorística.
Come on, come on, come on ! Incentivava rápida e nervosamente Wayne a um público que andava ali a ver passar as bolas gigantes que lhe enviavam do palco. She don´t use Jelly, she uses vaseline chegava-nos genialmente acompanhado de umas alminhas perdidas saídas do público e vestidas de cor-de-laranja, sem saberem o porquê de estaram ali, mas afinal onde está a Britney Spears ?
Surreal, mas tão sarcasticamente divertido...
Tentou-se, e conseguiu-se, reacção ao pedido  mais ridículo da noite, uma espécie de singalong ao som do She said I can be a motorcycle ... na parte do monkey insistou-se e o público imitpu o som de um macaco, de um leão, da brisa do vento ... muito bom ! ... para quem está de fora ...
Come on, come on, come on, we have two songs left.
Final com Do you realize, that you have the most beautiful face ? nariz ampliado de Wayne no écran gigante a trás, confettis, fumo, bolas, tudo.
Tudo.

M.I.A.
Até pensava que gostava de M.I.A., agora já não sei de nada. Há concertos que nos impressionam pela negativa, há fraudes e depois há o concerto da M.I.A.
O momento musical mais interessante foi quando ela fumou um cigarro de alguém do público.
DJ e MC sem interesse, bailarinos idem
Até o Paper planes foi desprovido de interesse, com a M.I.A. em cima de um desgraçado assalariado, a canção toda, sem conseguir cantar melhor do que o senhor das farturas.
E sim, ela ofereceu tequilla e fez crowdsurfing e esteve muito perto dó público... uma boa festa de garagem nos subúrbios...

Groove Armada
Já suspeitava que podiam salvar até o Titanic, mas fizéram ainda melhor salvaram um dia de festival em naufrágio. Entráram com a promessa de um I see you baby, mas optaram por nos apresentar, e muito bem, o novo albúm Black Light, com dois vocalistas à vez, e muito, muito bons.
Na herdade, reconheceu-se e gritou-se whenever I´m down, I call you my friend, seguido de um excelente solo de trompete de Andy Cato. Mas o pó que até agora esteve escondido debaixo da erva, soltou-se no encore com Superstyling.
Uma armada invencível !
Thanks !

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

SW 10 - 4 Agosto



DJ Zé Pedro
O Zé Pedro, quando não anda aos pontapés, é um animador simpático, que diz adeus aos festivaleiros e fá-los saltar. Bom para lembrar o ambiente das festas à noite na escola secundária, que se passavam na cantina. Do Beat it do Michael Jackson, aos Queen, passando selvagicamente pelos Rage against the magine, ele ajudou a provar que o recinto está pronto para os saltos, nada cai e nem há tanto pó quanto isso. No final o sinal dos braço cruzados. Tchau, Zé Pedro, até à próxima feira lá da terra  !

2ManyDJ
Desde a minha primeira vez na Eurodisney que não me divertia tanto. E nem sequer me estou a esquecer do simulador do Star Wars - Pura diversão dos remixes e passagens geniais.
Com a inteligência original de se usar palavras chaves para passar de som, dos Money, Money dos Abba a todas os hits com este título (faltou o Billy Idol, é verdade!), com os Gossip a cavalo da Chaka Kan e do "Stardust" dos Daft Punk, com a dica do reggae "I'm gonna take you to outer space" a passar para o "Outer space" dos vibrante Prodigy, tudo acompanhado por um video feito por encomenda, com imagens excelentes, a contar a epopeia do set memorável de ontem à noite. O melhor trabalho de VJ de uma vida. O mais genial set de todas as noites.
Fim apoteótico com confettis amarelos com o love will tear us apart, de vocês sabem quem.


A pista já abriu, podem vir !

Mlle_Carla, a ir para a praia de Almograve

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Lykke Li no Sudoeste

Lykke Li é a prova que as loiras não são necessariamente burras e que da Suécia, para além de nomes que nunca de lá deveriam ter saído como os Ace of Base ou os Roxette, também se exporta boa música, Isn´t det*, Peter Bjorn and John ? E não, não me esqueci dos que fizeram a Mamma Mia...
Youth Novels é o único album de Lykke Li, que entre algumas faixas simpáticas, tem outras fantásticas e que já foram descobertas pelos médias e transformadas em EPs "I'm Good, I'm Gone", "Breaking It Up" (piscadela de olho com sorriso para a versão alternativa) e "Little Bit".
Tem um site feito e actualizado como um verdadeiro site, com um blogue, dowloads gratuitos, fotos, histórias e fácil de encontrar, mas mesmo assim eu ajudo, é ir ao http://www.lykkeli.com/
Com a Lykke Li, o que é fácil é fazer como ela diz : dance, dance, dance !


*"Não é ?" em sueco. Adoro o programa translate!

Mlle_Carla, adivinhem a fazer o quê ...