quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Owl City, insónia positiva

Um 'sleeper hit' é um livro, filme, música ou jogo que inesperadamente passa a ser um sucesso.
Insónia todos sabemos o que é, uns mais que outros. Uma coisa tem a ver com a outra? No caso de Adam Young, tem tudo a ver!
Explicando: Adam tinha um emprego banal num armazém da Coca-Cola, volta e meia não conseguia dormir, não conseguindo dormir ía para a cave dos pais onde começa a dedicar-se à música. Até aqui, nada de novo, esta história é igual a tantas outras que nem chegam a sair da cave.  Mas esta insónia era diferente e dela nasce um som synthpop clean and simple, dois albuns independentes, 'Of June' e 'Maybe I'm Dreaming' e do terceiro álbum 'Ocean Eyes', nasce 'Fireflies' o tal 'sleeper hit' (nota + também para o vídeo-clip). Adam diz-se influenciado pelo optimismo e é isso mesmo que o seu som transmite. Sol, céu, mar, love and dreams, em mensagens simples e positivas.
Quem gosta de The Postal Service ou de The Album Leaf, duas das suas influências, vai gostar desta 'insónia' que ao vivo soa ainda melhor:



www.myspace.com/owlcity

IndieAna em No Sleeping Mode

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

These New Puritains (TNPS) - Som escondido a descobrir com urgência

Com o albúm Hidden a ouvir integralmente no myspace, ou no site oficial, os These New Puritains, ajudam-nos definitivamente a começar o ano, de uma forma criativa e conflituosa a nível de vizinhança... só me apetece pôr o volume a fundo!!! Sinto que vou ter muito brevemente problemas com a polícia... Vou ter que pôr auscultadores e sair !!!
No site oficial, enchem-nos de frases de críticos abismados com tanto talento, com notas de 9/10 e de 4/5, acredito que por pudor...
O primeiro albúm, Beat Pyramid já foi BOM, Hidden é ... o que é que eu sei? ... EXTRA, MEGA ??? Não se vai lá com palavras ou etiquetas ou expressões pseudo-intelectuais com que alguns críticos (frustados por não serem músicos, muito provavelmente) enchem os seus textos.
Hidden é um disco insubmisso, para ser ouvido e não comentado.

O "cérebro" do grupo, Jack Barnett, acredita que a música em absoluto é algo sério, que pode mudar vidas. Relativamente ao seu albúm Hidden, contenta-se com um "é apenas um albúm pop".
Palavras para quê ?

Em Paris vão estar na La Cigale a 18 Fevereiro com os The XX (esgotado, claro) bolas ! Viver aqui pode ser verdadeiramente perturbador... sempre com a sensação que se está a perder algo...

Conselho de amiga, quando fizerem o download ataquem o www, claro, e logo a seguir o Time xone, o Canticle, o Oriom e o 5. Quanto à faixa Hologram, confesso que não captei onde é que eles queriam chegar ...
Deixo-vos com www, remember ... som no máximo !!!!




TNPS são 2 irmãos gémeos Jack (autor e co-produtor) e George Barnett (bateria), Thomas Hein (baixo e DJ) e Sophie Sleigh-Johnson (teclas)

Discografia : 2008 Beat Pyramid, 2010 Hidden

Mademoiselle_carla, a fundo

Scarlett Johansson, a irritante

Embirro um bocadinho, só um bocadinho de nada com esta ‘menina’.
Não lhe bastando ser considerada uma das mulheres mais sexy do planeta e arredores pela maioria, se não, pela totalidade dos homens que eu conheço, ser a cara e o corpo de campanhas de publicidade mega fantásticas (Dolce & Gabanna, Louis Vuitton, etc), ser uma das actrizes fetiche de Woody Allen e ter namorado ou contracenado com alguns dos homens mais giros das artes e fazer tudo e mais alguma coisa e bem, também canta!
Quando há uns bons meses peguei em 'Anywhere I Lay My Head', o primeiro disco desta jovem faz-tudo de 25 anos, tentei não gostar dele! Ah, são só covers (de Tom Waits), pensei! Tentei não gostar dela! Ouvindo-a no Jeff Buckley's cover 'Last Goodbye' continuei a tentar não gostar dela.
Ao ouvir, Break Up, o seu 2º álbum, já não tento não gostar dela, pois tentá-lo é a prova de que gosto.
É um álbum conjunto com Pete Yorn, escrito e composto por ele, um álbum sobre amor, ou o fim dele, inspirado nos duetos de Serge Gainsbourg com Brigitte Bardot. Contem com a habitual sonoridade Indie Folk de Yorn, e a voz da 'irritante' num registo country que ...até.... lhe.... fica...'benzinho'.



IndieAna, em 'dor de cotovelo' mode

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

I was there 2 ! Depeche Mode, Lisboa 14 Nov 2009

Copy Paste da fantástica descrição da Mlle_Carla completamente histérica e eufórica e emocionada e feliz!
No Pavilhão Atlântico respirou-se cada milésimo de segundo, ASSIM, completa e loucamente ao rubro, em total devoção!
Nunca consigo escolher quando se trata de Depeche Mode, foram verdadeiros momentos de Music For the Masses com o melhor Sound of The Universe, mas aqui ficam alguns momentos muito, muito, muito emocionantes desta noite memorável.









IndieAna, always em Depeche Mode

OK GO - Este já passou, Damian !

Bom... no passado dia 18, o Damian, my good old friend, pediu-me aqui um favor, e eu, singela mademoiselle, obediente e amiga do seu amigo, estou cá para ajudá-lo.

Meanwhile, o concerto dos Ok Go aqui em Paris é hoje no Nouveau Casino. E claro, está esgotado, Sold Out, complet e eu estou a tentar incrustar-me...
Mais noticias amanhã !

Entretanto, a pedido de Mr. Kulash, aqui vai o "This too shall pass", do novo e terceiro album "Of the blue colour of the sky".

OK Go - This Too Shall Pass from OK Go on Vimeo.

A não perder no Youtube ou no Vimeo, ou onde vocês quiserem as melhores coreografias da cena pop-rock : "Here it goes again", "A million ways"  (in the backyard dancing). Mas acima de tudo vejam tudo, todos os clips são good stuff !

Eles são Damian Kulash (voz e guitarra), Tim Nordwin (baixo), Dan Konopka (bateria) e, a mais recente aquisição Andy Ross (guitarra).
O blog, nem sempre em dia ... http://thewilltorock.blogspot.com/
Discografia: 2002 - OK Go, 2005 - Oh No, 2009 - Of the blue colour of the sky


Mademoiselle_Carla, que queria estar neste video, nem que fosse camuflada...

domingo, 24 de janeiro de 2010

Panda Bear - TPC para 12/2 no Lux

Noah Lennox, aka, Panda Bear vai ficar na história.
Não contente em fazer parte de um dos grupos mais inovadores dos últimos tempos, os Animal Collective (juntamente com Deakin, the Geologist e Avey Tare), constrói também uma carreira a solo que nos faz bem, mesmo muito bem aos ouvidos.

E ainda por cima é nosso vizinho. Teve um crush por Lisboa e por cá ficou, e não fez ele senão bem, é sempre bom ter por perto alguém que nos envia bom sons.

Não deverei estar em Lx dia 12, e vou estar roidinha de inveja de quem vai poder ouvir live este som que me tira de mim, a meio caminho das boas vibrações dos Beach Boys e dos nefastos ruídos que parecem vir do inferno.

Mas também, e aqui começo com uma boa dose de má fé que me é tão própria, confesso que não era numa disconight e em pé, que gostava de ouvir este concerto ao vivo, mas sim numa tarde de Verão depois da praia, ou melhor, na praia, deitada e de olhos fechados. Uma espécie de Sudoeste-lounge, estão a ver onde é que eu quero chegar ?


Enfim ...não deixem passar : 12 de Fevereiro no Frágil (Lx)

Para uma antevisão do que vos espera, cliquem aqui (foi no ATP em NY).

Para o videozinho da praxe deixo-vos "Comfy in Nautica"




Ass: Mlle_carla (deitada de olhos fechados)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Empire of the Sun

Futurista? Original? Arcaico? Visionário? Arrojado? Electrónico? Pop? Audacioso? Criativo? SynthRock? SynthPop? Sonhador? Dramático? Contemporâneo? Premiado? Teatral? Não sei, mas para mim, 'Walking on a Dream' é tudo isto e é bom, é refrescante, é viciante e para ter um nome perfeito chamar-se-ia 'Walking in a Colourful Dream'. Foi ( e ainda é) um dos álbuns em que mais ´caminhei' em 2009. Sonhei em 2009? Sim também, sonhei e ouvi muito!
Nasceu em Outubro de 2008, na Austrália, editado em Portugal no início de 2009, é o 1º filho da dupla electrónica composta por Luke Steele e Nick Littlemore.
Muitas nomeações, muitos prémios. Edição Especial deve estar a bombar com novo tema 'Girl', novas versões e vários remixes. Aguardo mais filhos!




IndieAna em DreamWalkerMode

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Leisure Society - Debaixo de um sobreiro num mês de Primavera

Chama-se The Sleeper, mas se nos tivéssemos encontrado no bosque, eu mais estes bons ingleses, e me tivessem deixado ouvir este som, teria com certeza encontrado bons argumentos para que chamassem este album de The Dreamer. Eu sou boa a dar nomes. A chamar nomes também.
O novo som Folk-pop, que vem dar um bocado de descanso aos bons e não muito velhos Fleet Foxes, faz sonhar.
Faz pensar que não existem as noticias da TVI, nem a bicha da ponte 25 de Abril, nem os Centros de Emprego a abarrotar, nem a chuva, nem o frio.
Leisure Society é isto mesmo, eles estão aqui para nos deitar a cabeça e nos fazer relaxar e divertir e, porque não? sejamos loucos ! massajar o intelecto.
Querem experimentar ? Cliquem na setinha do quadradinho e deixem-se levar, mas não fechem os olhos este clip é para ser visto.



Excusado sera dizer que este som foi gravado com muito cuidado, que foram eles mesmo que o produziram, onde ? Num studiozinho, quase numa cave, muito longe do Shopping e do barulho das luzes.

Mlle_carla - Peace !

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

I was there ! - Depeche Mode em Bercy





20h. Saida do metro de Bercy. Grupos de trintões vestidos de preto. Vendedores de bilhetes clandestinos que sussuram ao ouvido. Flyers dos The XX e Panda Bear. 

E basicamente o que eu vivi em Bercy foi isto :
Luzes, acção ! DDDaaaaaavvvveeee !!!  Yyeeeaaahhhh !! In chains (na foto. Alias unica. Ainda bem que não sou fotografa, porque nunca me iria lembrar de fotografar ou filmar ou nada, é Depeche Mode !! Eu não existo para o mundo !!), seguido de um poderoso wrong, hole to feed, e depois é o corvo que aparece com o publico todo a cantar, a gritar walking in my shoes, it's no good. E agora a seguir eu saltei tanto, tanto, que posso ter quase a certeza que parte das nodoas negras que agora tenho nas pernas foram feitas ao som de the question of time, precious Maaarrrrtttiiiiiinnnn !!!, world in my eyes, bolas como eu adoro este som !!! , little soul, home (muita gente emocionou-se aqui, eu esperei outro momento para chorar, depois conto ), come back, policy of truth, com os balões e todo o festival do Violator, e depois passa-se às coisas mesmo muito sérias com o in your room (chorei aqui, porquê ? Não faço ideia, mas vou ter que analisar e rever os meus valores), I feel you, yeeaaahhh!!! muito bom!!! (e um pequeno-enorme flashback do estadio de Alvalade em 1993), enjoy the silence, e aqui posso garantir, silêncio foi coisa que não houve, tudo a cantar !!!, never let me down again, f###k, este som é mesmo o melhor som do universo para se ouvir e ver em concerto e sou definitivamente levada às tardes passadas na sala dos meus pais a ver, rever, rever outra vez, e outra o amazing VHS 101, filmado no Rose bowl Pasadena (este nome, Pasadena, faz-me sonhar!)  

um pequeno encore

E la vem o MMMaaaaaarrrttiiiinnnnn !!! One caresse (choro novamente!), e entra o Dave com stripped, f##k, f##k, f##k, bolas e a seguir ver o behind the wheel, e eu percebo agora porque é que sempre quis ter uma vespa branca e oculos e lenço e tudo. Os fãs ainda tentaram influenciar mais um Just can't get enought, o Martin tocou uns acordes com a guitarra, toda a gente aos gritos, mas era brincadeirinha, eu ri, porque nem é o som que gosto mais, confesso e para finalizar Personal Jesus, o som mais mother f#####r sexy do universo, ia deslocando a anca a dançar isto. E acabo de perceber que eu aprendi a dançar com o Dave.
No final mando também um beijo ao Andrew, que ainda não percebi o que esta la a fazer, mas deve ser importante com certeza!
As luzes acessas.
Mas ja acabou?
E o Rush? E o Master and Servant, e o people are people, e o Lilian, e o Suferwell, e o Sea of Sin ? E o strange love, m###e que até foi filmado em Paris e tudo ?

Hoje à noite ha mais !!!!

Com o histerismo de Mlle_Carla (a vossa enviada especial do coração)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Adam Green - A big Minor Love

Se um dia me reformar destas andanças de dealer e me converter numa groupie, vou dedicar a minha vida ao Adam Green !
Se quisermos fazer as coisas ao contrario, entramos no universo Adamiano (don't worry, isto não existe!) pela porta da blogosfera, ou seja, pela porta do quarto do lago (para os que ainda não perceberam é para clicar onde esta escrito quarto do lago, é o blog dele !).
Mas se quiserem fazer as coisas como devem ser feitas, nem sequer lêem as barbaridades que eu estou para aqui a escrever e vão directamente ao video em baixo. Mas que piada é que teria ?
O Adam, o meu Adam, é um New Yorker hiper criativo, que se esta a borrifar para o show bizz (na medida do possivel quando se é uma rockstar...), com uma voz bastante apreciavel, e com a atitude de um bad boy com muito humor auto-corrosivo. Todas as razões para nos apaixonarmos por um homem estão aqui reunidas.
O seu novo piece of work, o Minor Love, foi escrito na sua grande maioria à guitarra, o que torna dificil a escrita em simultaneo e o que obrigada a compor ao ouvido.
Este homem é o Beethoven dos nossos dias !
A maior parte dos instrumentos foram tocados por ele, inclusivamente os que ele não sabe tocar, como a bateria, por exemplo.
E eu deixo-vos agora na companhia de um dos videos de promoção do Minor Love.
Querem vir passear em NY? Come on !!!



Ah, ia-me esquecendo ! O Adam e eu temos rendez-vous marcado para o dia 4 de Março, no Santiago Alquimista. Apareçam, vai ser fun !


From Mademoiselle_Carla, with Love

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Wave Machines

São da terra dos Beatles, em 2008 lançaram os singles The Greatest Escape We Ever Made and I Go I Go I Go, depois 'Keep the Lights On' e em Junho 2009, surge o primeiro álbum 'Wave If You're Really There'. Parecem lentos, até preguiçosos, mas saltando de música para música, oscilam, variam, do calmo para o mais ritmado, do lento para o mais dançável.


'Drink, drums and gravity' parecem ser a influência necessária para esta 'ondulação'.




www.wavemachines.co.uk
www.myspace.com/mywavemachine








IndieAna em OndaMode

Karen O & The Kids

Quando chego ao carro de manhã, a pergunta: 'Qual é a canção que está a passar?' é natural e inconsciente, antes de ligar a rádio. Adoro reconhecer logo, mas também adoro, não saber o que é! Não sabendo, adoro começar a simpatizar, a tentar reconhecer a voz, a tentar acompanhar, cantarolar e mesmo não chegando lá, ficar com a música e alguns detalhes na memória que me ajudem a identificá-la mais tarde (quando não chego a ouvir a informação sobre ela)
Hoje foi assim: 'All is love'

Faz parte da banda sonora original do filme 'O sítio das coisas selvagens' Where the Wild Things Are', toda ela composta por Karen Lee Orzolek, mais conhecida por Karen O, a original e 'fashion' vocalista dos Nova Iorquinos, Yeah Yeah Yeahs.
'All is love' foi escrita por Karen em conjunto com Nick Zinner, o guitarrista dos YYYs e está nomeada para o Grammy (Grammy Award for Best Song Written for a Motion Picture, Television or Other Visual Media) Ainda posso torcer até ao fim do mês.
Toda a banda sonora é um mimo.


IndieAna em WildMode

The Eels - O principio do fim

E pela primeira vez da sua historia, este blog vai aos States para a ante-estreia do ultimo album dos The Eels. 8 meses depois do Hombre Lobo, esta à disposição integral no website oficial eelstheband.com e no myspace, o album que estara nas bancas portuguesas para a semana.

Ladies and gentlemans ... End Times.

Na onda dos sons que temos descodificado até agora, este também foi gravado na sua maioria sem grandes recursos à tecnologia, na cave de Mr E. Estamos definitivamente cada vez mais fiéis às origens, ao som puro. E isto é musica para os meus ouvidos...

End Times é o titulo escolhido para falar de como os the Eels vêm os nossos hostis tempos modernos, é um album de divorcio, mas isto vocês podem ler no myspace e ninguém me paga para fazer traduções.

Deixo-vos o clip do senhor a sofrer de mal de amores e a urgência em ir ver no que é que isto da www.myspace.com//eels





Com a urgência de Mlle_carla

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Fever Ray - Febre e baby blues

Este é definitivamente um som para se ouvir sentado, talvez mesmo deitado. Melhor, este som deve ser ouvido debaixo da cama, depois de se verificar que não há nada dentro dos armarios. Este som pode fazer medo !

No seu site pode-se ler I think the music should be able to stand for itself without interfering, like what the artist looks like.” Comecei mal a minha experiência com Fever Ray... Primeiro vi as imagens. E se se vê uma, quer-se ver as outras. Quer-se entrar neste universo fantasmagórico, quase depressivo, mas muito intrigante.

Este projecto tem o nome do album, chama-se Fever Ray, porque a musica é mais importante do que a pessoa que a criou. E é mesmo de febre que se está a falar aqui, de febre pós-natal. A sueca Karin Dreijer Andersson (a metade feminina do grupo Knife) compos este album depois de ter o seu segundo filho, no meio de um estado sonambulo, onde o corpo está muito, mas mesmo muito exausto e onde as ideias flutuam sem controlo. I’ve been there, eu compreendo perfeitamente este estado e agora só tenho pena é de não me ter dado para a escrita, porque o sonanbulismo, o cansaço e o descontrolo das ideias estavam todos lá. “A lot of it is like daydreaming, dreaming when you’re awake, but tired; a lot of stories come from that world”

Temos a ouvir 10 titulos lentos, onde a voz é utilizada como um instrumento como outro qualquer, que se modifica e se torna por muitas vezes andrógena. Este disco tem tudo para que eu não goste dele, mas o que é facto é que gosto. E muito.

Mais informações em http://feverray.com/



Por mlle_carla, com algum medo e muita febre

domingo, 10 de janeiro de 2010

Beak - Como a Coca-Cola, primeiro estranha-se depois entranha-se

A primeira cez que ouvi Beak foi num jantar e posso dizer que ouvi também tudo a que tinha direito. “Gostava de ter esta música no meu enterro”, “Um cantor que não tem voz, um baterista bêbado, um bocado de puntch, puntch para satirizar e ainda por cima gravaram tudo numa garagem, a acústica não poderia ser grande coisa” e quando passou a faixa Barrow Gurney, começaram os clássicos “Ups, acho que a tua aparelhagem está avariada” and so on, and so on ... Na verdade, depois de algumas garrafas a coisa já começava a passar melhor e as críticas diminuiram.

No dia a seguir, ouvi o LP melhor, desta vez sozinha. Afinal de contas, o Geof Barrow é só o fundador dos Portishead, alguma coisa de bom tinha que sair dali.

O que se pode dizer é que Portishead, ao pé de Beak, têm um som comercial. Se a Lady Gaga está num lado extremo e muito comercial da actual cena musical os Beak estão no muito longíquo oposto. Far far away. Supeito que durante os 12 dias que passaram fechados a fazer este disco, o público e o mercado nem lhes passou pelos cabelos.

Ao fim de 5 escutais integrais, umas por teimosia, outras porque já agora até me apetece mais um bocadinho, o som entrou, entranhou-se e agora está aqui na sala e está em todo o lado. Parece que Beak é só para mim e para mais ninguém. Vivemos e passamos por muito juntos nesta última semana.

Um bocado de research no myspace e fico mais tranquila, um dos três musicos que formam os Beak, o Matt Williams (Team Brick) afirma não compreender a musica que faz. Não sou so eu !

Beak são três musicos que ja sabem o que valem e podem permitir-se juntar-se num estudio sem recorrer a grandes tecnologias e experimentar, ponto. Eles são o Geoff (que vem dos Portishead ou os Portishead é que vêm dele), o Matt e o Billy Fuller (aqui vai ser um grande parentese : Massive Attack, Robert Plant, Malakai e Fuzz Against Junk).

Ouvi dizer que o que fazem se chama de espécie de rock regressivo, seja la o que isto quer dizer. A ouvir com moderação, pode morder!



dreamofbeak.blogspot.com




Com o patrocinio de Mlle_carla

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

The XX - Um duplo X, por favor !

Se passar por alguém com auscultadores, um sorriso idiota, a dizer que sim com a cabeça, com a perna esquerda a dobrar e a fletir, com os olhos fechados, não o interrompa com perguntas parvas e sem importância tipo “Sentiu este sismo?” ou “porque é que a carruagem do metro está a arder?”. Essa pessoa está muito provavelmente a ouvir The XX, algures entre a faixa Islands e a Infinity e isso não se interrompe.

Se este blog tivésse começado antes do Verão passado, este post seria A scoop do ano com qualquer coisa do género “banda-milagre toca no pátio da escola !”, mas demorámos 6 longos meses para ter a ideia intergalática de criar este espaço e a scoop transformou-se em informação de confirmação - os The XX são mesmo bons !

Este som vem de Londres, South West para ser mais exacta, de 4 adolescentes (que agora são 3), vem com muita contra-luz, alguma melancolia e sem nenhuma palha.

Romy Madley Croft é a voz e a guitarra, o Olivier Sim está lá para equilibrar com voz e baixo e fá-lo bem e o Jamie Smith é o produtor e DJ.

Ninguém faz nada “a mais”, ninguém grita, tudo se sugere.
Não há ruidos, não há superfluo.
Bolas, quando eu crescer quero ser assim!


No Facebook dizem-se pop, experimentalistas ... “Whatever you want it to be” e eu quero lá saber o que são, quero lá saber das etiquetas, só quero é que isto continue. Que mais niguém tenha que abandonar por extrema fatiga. Bye, bye Baria Quersh, by the way !

E agora tenho que ir, que está aqui a passar o Night Time, está noite e eu fecho os olhos, mas não vou dormir ...
“It all started in a bedroom in south west london, after school, drinking too much pepsi. We just keep on growing.” The XX, in Facebook




Mlle_carla, ao vosso dispor