Chama-se Ramesh Srivastava, e pelo nome é ? americano claro, não se percebe logo? Mas também é desajeitado, desengonçado e descoordenado, com braços e pernas a sobrar em movimentos out of the sound, que nada parecem ter a ver com o que ele e a sua banda, Voxtrot, tocam. Foi isso que eu vi no SBeS de 2009. Ele quer lá saber! Eu também quero lá saber! Desde aí, andei mais viciada no trabalho deles. Entretanto os Voxtrot acabaram, mas a sua música ficou. E ele, o Ramesh, está de volta, a solo, num registo muito Voxtrot à mesma, mas quero lá saber, ainda bem!
Eu também não sabia, até ter estado ao seu lado num concerto e alguém me sussurrar ao ouvido: 'Sabes quem é? É um miúdo que tem um projecto muito bom.' Isto foi há cerca de um ano. O seu projecto existe desde 2005?????
Eu não sabia quem era, mas devia. Não sabíamos quem é, mas devíamos! Devíamos saber que é português e que em Portugal nascem, crescem, vivem projectos musicais originais, ímpares e de qualidade, muito pouco divulgados é certo, mas excelentes.
Tenho de deixar aqui 2 clips: o cover de 'Where is My Mind' dos Pixies
e este 'Mr.Carousel'. (Para mim, tanto a música como o clip são Naífs de bons!)
Saibam também que gravou vários originais para a banda sonora de 'José & Pilar' e saibam mais em www.noiserv.net
Um espectáculo total na tenda de circo Big Apple, com direito a muitos palhaços (eu sei do que estou a falar), muita luz, muito som, do bom, do melhor, e muito Rock and Roll. O movimento indie escorregou em força - e literalmente - e apresentou-se, com alarido, no meio do rufar dos tambores e da apresentação algo original da Drag Queen Acid Betty.
Electric Tickle Machine
Começaram as hostilidades da melhor maneira possível, com um rock psicadélico nova iorquês, uma máquina electrizante a lembrar que "You can't tickle yourself".Blew it away é o nome do albúm que reune um som que nos fará querer ter os mesmos "músculos" em balões do senhor da pandeireta (impossível saber como se chama, ou quem é quem - investigação em progresso). Musicalmente falando, parecem disparar em todos os sentidos, levar-nos a todo o lado e, sobretudo, divertir-nos à grande e à americana. Excelente amostra !
Directamente de Brooklyn (aqui é a parte em que toda a gente começa aos gritos, Brooklyn rules!), ainda maior aceleração, mais agressividade e convites ao público para invadirem o palco. Ninguém se fez rogado, também por lá andei, até que começou a haver mais crowd surfing do que crowd, propriamente dito. Retomei ao meu posto de onde vos conto, caros clientes e amigos desabituais, o que vi, ouvi e vivi.
A tenda de circo tremeu e transformou-se num gigantesco bar de subúrbios, sem controlo e com as primeiras advertências dos excelentíssimos senhores da segurança, que não estavam lá para brincar. Insubordinações à parte, é um grupo a seguir com um bom som a adoptar.
Finalmente alguém sensato desce daqueles escorregas lá do fundo e acalma a cena circense que domina este festival. Claro que os gritos amorosos do vocalista dos Japanther "I love you Scott !!" que está na plateia ao lado desta vossa dealer, que tudo faz para vos apresentar um trabalho honesto e suado, não ajudam, mas o grupo farmacêutico (mau trocadilho, desculpem...) em baixo é profissional e não se deixa levar por provocações. A musica segue e nós agradecemos. Não sabia que se podia surgar em Seattle... Com os The Pharmacy é garantido.
Biograficamente falando, a historia dos The Pharmacy começou em 2000, na escola, com um som punk barulhento e as duas vozes deste concerto, a do guitarrista Scottie Yoder e a do baterista Brendhan Bowers. Neste concerto Stefan Rubicz assegurava no teclado e Ryan Thompson no baixo e tivémos direito (thanks ! thanks!) de um bocado de cada album (do ultimo Weekend, mas também dos Choose your on adventure e B.F.F.)
Um efeito vocal fora de série. Um som incrível, algures entre um very british rock e um ar de afro-funky motown sound, lembram-nos porque é que Los Angeles não são apenas sol e bronze.
Japanther
Pois, não faço ideia se são bons ou não em palco, ou para que é que servem os telefones amarelos no lugar dos microfones. Brooklyn ataca novamente e desta vez em grande força, em força demolida, orquestrada por Ian Vanek e Matt Reilly.
A plateia estava enlouquecida, o palco já não era invadido, pela simples razão que já nem havia palco. Vi palhaços andavam a fazer crowdsurfing, o baterista começou a desfazer a bateria, porque assim não havia condições. Estava visivelmente revoltado, não com os fãs, mas com os seguranças - Ele queria rock and roll, ele queria circus. Ele queria ser Wild, man !
O pouco que me foi dado a ouvir (3 músicas ...) foi prometedor. Tenho que confessar, que ando a pesquisar tudo o que mexe, que esta banda de Brooklyn parece-me uma mina de ouro.
Tenho a dizer que às tantas, enquanto íamos sendo evacuados, no meio daquela confusão toda, com pernas a serem arrastadas pelos seguranças e gritos de protesto, já não sabia muito bem ao que tinha vindo se a um concerto de rock, se ao circo, se ao wrestling.
Não me queixo, é NYC.
Acho...
Atenção : No myspace os Japanther têm agendados dois shows para Portugal, 19 de Janeiro no Café au Lait (Porto) e no dia a seguir no ZDB em LX. Depois não digam que não foram avisados.
Se não vais em cantigas, clica no til e começa hoje a mudar o mundo :
Mademoiselle_Carla
Uma mademoiselle, não muito singela mas que fala francês, que decripta e descodifica as mensagens sonoras que lhe são enviadas por Frequency Modulation ou em pára-quedas. Tudo será dito, muito pouco será censurado. Esperem o pior e o melhor, mas sobretudo não esperem muito.
Indie_Ana
Mulher, música, melodia, mensagem: a mesma de sempre, em mudança todos os dias. Ouvir, absorver, sentir, partilhar. Ouvir de novo o que se gosta em auto-reverse.
Noguchi Yuken
Tradição e vanguardismo numa pessoa controversa e emocionalmente instável. Ingredientes fundamentais quando se fala sobre música.
O Homem:
Indvíduo assombrado por uma dualidade dissonante, faz parte da aristocracia japonesa e não gosta de kimonos, vive a sua vida de forma austera e orientada para um ideal de beleza livre e inexistente, que se revê na sua escrita e a que dá o nome de ensaísmo utópico.
A Obra:
*a preenxer*
Leo
O coração acelera, à medida que o ritmo da canção nos pega nos sentimentos e os conduz corpo fora... Ao coração respondem os instrumentos e a música faz-se assim: de uma instantaneidade que apetece mais e mais...