quarta-feira, 16 de março de 2011

'Loving You is Killing Me', Aloe Blacc


Precisamos é de coisas boas!
E era mesmo de um som assim que eu estava a precisar.
Muito sol lá fora!
Muita soul aqui!

Primeiro disco 'Good Things'
em Lx, 04 Maio, Aula Magna

IndieAna, with heart & soul 

quinta-feira, 10 de março de 2011

Estive lá - Esben and the Witch no Point Ephemère (Paris)

Este trio chega-nos de Brighton, UK, com inspirações em contos dinamarqueses que falam de bruxedos, andam ultimamente muito bem acompanhados (The XX e Deerhunter) e dão-nos forte e feio com uma música sombria e com vocação de magia negra. Post-rock e post-punk são etiquetas que podem nos vir à cabeça. Tenham muito cuidado com a voz de Rachel Davies, mais os seus gritos violetas, não me parece evidente quais são as suas reais intenções... da parte que me toca, teria reticências em acompanhá-la num passeio nocturno numa floresta, mas no youtube ainda me vai parecendo bem, quanto aos auscultadores, não tive escolha, abri os olhos tarde de mais e volta e meia lá está ela. Não me estou a queixar.

No Point Ephemère no meio de um nevoeiro constante, pouca luz e efeitos hipnóticos não conformes às regras de segurança europeias, o  concerto começou ao som forte de uma batida de coração de Argyria, de uma dança introspectivo-contorcionista que nos levaria a todo o lado, neste caso a alguns centimetros do chão em franca levitação. Não se brinca em serviço por estes lados. O Marching Song segue e persegue-nos, com o tique que mata, um tambor à frente, bem central, que é martelado e massacrado com dignidade (fórmula que já vimos funcionar com os The XX, Lykke Li e quem mais? estou-me a esquecer de alguém de certeza, que esta astúcia marca espíritos e foi utilizada com sucesso para grande alegria de, pelo menos dois, dos meus sentidos vitais). O guitarrista Daniel Copeman, que antes estava a vender o merchandising e a trocar impressões honestas com quem por lá passasse, também se prestou ao espectáculo visual com movimentos violentos mas ritmados, alternando guitarra e tambor. Consta que o baterista Thomas Fisher também lá estava, mas o espesso nevoeiro não me permitiu vê-lo, creio, no entanto, ter visto uma cabeça de vidro e alguns fantasmas visivelmente satisfeitos por participarem nesta experiência fora do vulgar e envolvente, que fez juz ao som que ja conheciamos em casa.
Enfeitiçada ou não, declaro-me rendida.

Um concerto a fazer com moderação, com riscos sérios de prejudicar a saúde mental.

Descubram o Marching Song e depois venham-me aqui dizer como é que acaba, que me entra sempre um cisco no olho e não consigo ver o final.





Se não tiverem medo de nada, entrem aqui em baixo, a porta está aberta, só não percebi ainda como é que se faz para sair. Mas uma coisa de cada vez :

http://www.myspace.com/esbenandthewitch

Mlle_Carla, a olhar para tras a ver se não esta a ser perseguida (mas fora isso esta tudo bem)