Groove Armada vieram ao socorro de um dia de festival sabotado por M.I.A. e os The Very Best explicaram-nos faixa a faixa porque é que se chamam assim. The Flaming Lips merecia outro post à parte, outro festival, outro público.
The Very Best
Como esperado, o som do Malaui, invadiu a tenda, com a voz e simpatia de Esau Mwamwaya e com um MC vindo directamente da África do Sul para nos mostrar para que é que servem os MCs, para nos fazer vibrar, pular, gritar. Duas dançarinas, ainda vieram contribuiram para entrarmos no calor desta fusão de sucesso afro-europeia.
A tenda encheu rapidamente, para se transformar numa imensa e enérgica festa a lembrar os Buraka Sound System, mas desta vez, só com os hits e sem momentos repetitivos e longos.
Julia fez o público aquecer, o Warm Heart of Africa contou com a voz gravada dos Vampire Weekend, e no final, escolhidas pelo MC, houve quem subisse ao palco.
O melhor desta tenda, esta noite, sem dúvida. Depois de uma Rye Rye, com a energia e a repetição perfeitas para uma aula de aeróbica e um Marcio Local profissional, mas sem originalidade, com música brasileira daquela que já se faz há 20 e ainda não evoluiu.
The Flaming Lips
Vieram depois de uma Maria Gadú igual a umas 40 que o Brasil exporta por década e uns Bomba Stereo, liderados pela colombiana e com certeza atleta, tendo em conta o que ela correu no palco, Liliana Saumet, que bateu mesmo ao lado do que estávamos a precisar...
E finalmente ... entrámos no fabuloso cérebro de Wayne Cayne, numa viagem psicadélica, surreal e humorística.
Come on, come on, come on ! Incentivava rápida e nervosamente Wayne a um público que andava ali a ver passar as bolas gigantes que lhe enviavam do palco. She don´t use Jelly, she uses vaseline chegava-nos genialmente acompanhado de umas alminhas perdidas saídas do público e vestidas de cor-de-laranja, sem saberem o porquê de estaram ali, mas afinal onde está a Britney Spears ?
Surreal, mas tão sarcasticamente divertido...
Tentou-se, e conseguiu-se, reacção ao pedido mais ridículo da noite, uma espécie de singalong ao som do She said I can be a motorcycle ... na parte do monkey insistou-se e o público imitpu o som de um macaco, de um leão, da brisa do vento ... muito bom ! ... para quem está de fora ...
Come on, come on, come on, we have two songs left.
Final com Do you realize, that you have the most beautiful face ? nariz ampliado de Wayne no écran gigante a trás, confettis, fumo, bolas, tudo.
Tudo.
M.I.A.
Até pensava que gostava de M.I.A., agora já não sei de nada. Há concertos que nos impressionam pela negativa, há fraudes e depois há o concerto da M.I.A.
O momento musical mais interessante foi quando ela fumou um cigarro de alguém do público.
DJ e MC sem interesse, bailarinos idem
Até o Paper planes foi desprovido de interesse, com a M.I.A. em cima de um desgraçado assalariado, a canção toda, sem conseguir cantar melhor do que o senhor das farturas.
E sim, ela ofereceu tequilla e fez crowdsurfing e esteve muito perto dó público... uma boa festa de garagem nos subúrbios...
Groove Armada
Já suspeitava que podiam salvar até o Titanic, mas fizéram ainda melhor salvaram um dia de festival em naufrágio. Entráram com a promessa de um I see you baby, mas optaram por nos apresentar, e muito bem, o novo albúm Black Light, com dois vocalistas à vez, e muito, muito bons.
Na herdade, reconheceu-se e gritou-se whenever I´m down, I call you my friend, seguido de um excelente solo de trompete de Andy Cato. Mas o pó que até agora esteve escondido debaixo da erva, soltou-se no encore com Superstyling.
Uma armada invencível !
Thanks !
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
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