Friendly Fires
Muito longe da imagem dandy dos videoclips, o britânico Ed Macfarlane, incendiou o palco secundário de um já muito quente dia, revelando-se um verdadeiro e furioso animal de palco. Com uma dança sensual de meter inveja à Shakira e muita, muita vontade de dar uma verdadeira razão de ser a este dia de festival, Friendly Fires acelarou muita batida cardíaca.
O concerto arrancou com um enérgico LoveSick, seguido de um Jump in the Pool desarmante. Ed promete-nos festa e cumpre. Salta para o meio do público, não para um banal crowd surfing, mas para dançar com que mereceu, ao som de uma batida irresístível (Thanks Jack !) , posso dizer que dancei literalmente com o muito suado e contagiante Ed Macfarlane.
True Love, seguiu-se de um muito saltado Skeleton boy.
It´s hot, so Hot in Portugal
As pingas de transpiração saltavam, mas ao meu lado saltava-se ainda mais quando começou In the Hospital.
No hiper ritmado Kiss of Life, temi ficar afónica, ao meu lado havia quem metesse a a mão à garganta. Mas sem piedade segui-se um frenético On Board. O golpe de misericórdia ficou para o fim com um histérico Paris, com o grupinho da frente completamente extasiado. And every night we'll watch the stars / They'll be out for us.
Encore sem saída de palco, por aqui, não há cá descanso nem mudança de camisinha.
Ex Lover fecha um concerto fe-no-me-nal que não passou despercebido para quem esteve na Herdade da Casa branca para ouvir música.
Oooooh kiss of life
Bajofondo
Depois do arraso no palco secundário, dirigi-me a medo, ao que estava prometido neste muito peculiar cartaz e infelizmente não entrei em coma alcoólica, pelo que fui transportada ao Festival do canal Panda, com o patrocínio de Mika.
Sentada no chão, cabisbaixa e deprimida com tanta felicidade cor-de-rosa, já não estava à espera de nada para além do pó. Do pó viémos, ao pó voltaremos. estou a referir-me ao parque de estacionamento, que proporcionou muita gargalhada com mensagens deixadas nos vidros dos carros.
E de repente, LUZ !
Ao princípio, olha e parecem os Gotam Project, depois, olha que não, são muito melhores, para finalmente perceber que este grupo originário do país do Tango, estava-nos a levar ao mais original, vibrante, arrepiante e completamente inesperado momento da noite. O público que se ía juntando, ía começando a dançar, a girar, a saltar, as caras a formar um largo sorriso genuíno. Bolas que até estou a ficar com pele de galinha ! Foi preciso vir um grupo da Argentina e do Uruguai para nos lembrar que a música também pode trazer felicidade, daquela que está mesmo muito cá dentro. Sortudos e abençoados os que invadiram o palco e abraçaram esta boa gente.
Estou a exagerar ? Este último parágrafo é particularmente ridículo ? Cliché ? Kitsh ? Ide correr ouvir, é tudo o que vos digo.
Amen, aleluia !
Mlle_Carla, depois da traversia do deserto, em estado de graça
Estive no Sudoeste, li o Blitz e agora li este post e acho que vou tirar o Blitz das minhas leituras, é aqui que se fala do me interessa.
ResponderEliminarPedro Tavares
Estás a ver aquele "grupinho da frente completamente extasiado", provavelmente um desses era eu! xD for sure!
ResponderEliminarPedro Tavares - Como deves imaginar emoldurei este comentário e pendurei-o na entrada aqui de casa.
ResponderEliminarColaço - Para a próxima invadimos o palco ! Gostei do teu blogue. Muito e bom estilo.