sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Fever Ray - Febre e baby blues

Este é definitivamente um som para se ouvir sentado, talvez mesmo deitado. Melhor, este som deve ser ouvido debaixo da cama, depois de se verificar que não há nada dentro dos armarios. Este som pode fazer medo !

No seu site pode-se ler I think the music should be able to stand for itself without interfering, like what the artist looks like.” Comecei mal a minha experiência com Fever Ray... Primeiro vi as imagens. E se se vê uma, quer-se ver as outras. Quer-se entrar neste universo fantasmagórico, quase depressivo, mas muito intrigante.

Este projecto tem o nome do album, chama-se Fever Ray, porque a musica é mais importante do que a pessoa que a criou. E é mesmo de febre que se está a falar aqui, de febre pós-natal. A sueca Karin Dreijer Andersson (a metade feminina do grupo Knife) compos este album depois de ter o seu segundo filho, no meio de um estado sonambulo, onde o corpo está muito, mas mesmo muito exausto e onde as ideias flutuam sem controlo. I’ve been there, eu compreendo perfeitamente este estado e agora só tenho pena é de não me ter dado para a escrita, porque o sonanbulismo, o cansaço e o descontrolo das ideias estavam todos lá. “A lot of it is like daydreaming, dreaming when you’re awake, but tired; a lot of stories come from that world”

Temos a ouvir 10 titulos lentos, onde a voz é utilizada como um instrumento como outro qualquer, que se modifica e se torna por muitas vezes andrógena. Este disco tem tudo para que eu não goste dele, mas o que é facto é que gosto. E muito.

Mais informações em http://feverray.com/



Por mlle_carla, com algum medo e muita febre

1 comentário:

  1. Não sei se concordo com a parte do "opinion leader influente" mas parece-me que temos aqui um espaço que tem tudo para crescer.

    Keep them coming!

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