segunda-feira, 19 de julho de 2010

16º Super Rock 18 Julho

It was Funky time com o Prince. The Soundealers blogue esteve presente num concerto que revolucionou preconceitos, abriu horizontes e forneceu pura diversão em quantidades planetárias.
Em baixo, segue o relato, consciente, que quem não esteve lá, não pode perceber, o porquê de tanto histerismo.
No podium dos melhores concertos desta noite encontra-se também The National, a despertar emoções e coros entusiasmados.
Fraude da noite com os Empire of the Sun.

Stereophonics
A tocar ainda com sol, com um público de braços no ar e aos saltos, bastante numeroso, para esta hora, que vibrou até ao final com Since I told you it´s over.
Não querendo muito falar de logística, o fenónemo Prince, não terá sido bem previsto pela organização, que fez perder, mesmo a quem gosta de chegar no princípio, os concertos que começam as hostes.
Thank you ! Ladies and gentlemen, Mr. Marvin Gaye ! brincou no final, um bem humorado, Kelly Jones. Estava a referir-se à musiquinha do intervalo.


Spoon
Ainda não tinham cortado a musica para entreter e já Britt Daniel arrancava a solo com uma guitarra, o "Mean and the bean". Com uma simpatia e humildade, que fazia apetecer levá-lo para casa.
Já com a banda completa, avançaram com um excelente "Don´t make me a target", com o refrão a ser entoado pelos fãs lá do princípio.
O público não chegou a aderir totalmente a este grupo, cheio de cartas na manga, como o muito festivaleiro e bom "Don´t you Evan". Podia ter sido melhor, mas a culpa não foi de quem estava em cena, que nos deu um show honesto e generoso. Fica para a próxima. Nós é que dizémos, Thank you Spoon !
Já houve quem se adiantou e nos mostra como foi o don´t make me a target ontem, aqui. Vão lá depressa. Obrigada ao fã.



The National
Um ano depois de um grande concerto para três gatos pingados o Sudoeste, The National encontra uma enchente no Super Rock. Com verdadeiros fãs, pelo meio. Um Matt Berninger, autêntico, declara-se grato a esta aclamação. Nós também.
De fato escuro, Mr Berninger, deu-se como só ele se sabe dar, com um generoso e, felizmente, habitual, contacto privilegiado com o público. Uma voz a toda a prova. Uma extrema sensibilidade para as sonoridades que vão sendo distribuídas no palco e muita entrega honesta e pura.
I love you Matt !!
Desculpem o momento groupie, mas tinha que tirar isto do meu sistema.
Momentos altos ? Todos. Músicas velhas, novas, assim assim.
Só para citar, aleatoriamente, o que fez vibrar, um muito cantado pelo público "Fake Empire" e "Apartment Story", um momento de pura pele de galinha com o "About today"
No youtube, já houve quem espalhasse vídeos amadores, ide , eu conto passar assim a minha tarde ! O som não é bom, as imagens são péssimas, mas a essência lá.


Prince
I´m gonna be your DJ tonight
Let´s party !!!!!!!!!!!!!!! Gritámos todos, logo a seguir do som de arranque "Let´s go crazy"
Prince é um nome que promete história, depois de se ver os concertos num ecrã, ficamos com uma ideia que vai haver encenações, algum culto à personalidade, muito groovy e alguma sopa com musiquinhas românticas aqui e ali. Ao vivo, Prince baralha as cartas e tudo o que faz, faz bem, todos os preconceitos caem por terra e mesmo aqueles sons mais à Purple Rain que todos adoram menos eu, transformam-se e adere-se a tudo, TUDO. Mesmo a cantar Hé Portugal 20 vezes, no meio de uma das nossa canções de eleição, Cream. Aderimos. Cantamos o dito hino nacionalista e o pior é que vibramos.
You got the look e 1999. Se eram outras das músicas que marcaram positivamente a nossa personalidade, agora, depois de as ouvir assim tão perto, nunca mais de lá vão sair. Prince, de uma forma ou de outra, contribuiu para o que somos hoje. Está cá dentro, bem mais impregnado do que pensámos, e mesmo que não amemos Deus, amámos seguramente Prince.
Nothing compares to you foi cantada teatralmente em duelo com Shelby J., numa performance onde tudo era estudado e se tocou a perfeição. Pelo menos a perfeição revista por Prince.
Quando me disseram que ía ouvir o fado da Mariquinhas, pensei que estavam a gozar, depois de um cálculo rápido conclui que por causa desta brincadeira não iria ouvir, por exemplo, Alphabet Street. Mas no final (e no meio), uma vez mais, Prince sabia o que estava a fazer. Um dos artistas actuais mais open minded, fez-nos cantar e emocionar com Ana Moura.
I love this country
E nós, que fomos tão habituados tão habituados a piropos neste festival, desta vez, acreditámos, mesmo.
You are so high, it´s better to calm you down
Oh, no ! I´m not going to calm you down. I know what you want
E sabia.
You don´t have to be rich to be my girl, you don´t have to be cruel to rule my world
...
I mais tarde... You don´t have to watch sex in the city to rule my world
yeah ! KISS
Grande final Le freak, c´est chic ! E todos freakámos !!


Empire of the Sun
Estávamos ali, optimistas, depois de um show do Prince, continuávamos expectantes em relação à performance da nova sensação australiana. E até lá estava muita coisa, adereços dos clips, atmosfera galática e muito trabalhada, 4 dançarinas com fatos diferentes para cada faixa, um Luke Steele que até veio abraçar o público e tudo, na área VIP, é certo, mas desceu.
Mas ... não convenceram, pelo menos para quem até gostava do som do estúdio e pensava nums MGMT com mais atitude em palco.
Os Empire of the Sun, optaram por dar uma comédia musical, em vez de um concerto honesto.
Falhou o carisma, a música não esteve à altura, com um grande abuso do sintetizador e um segundo guitarrista que parecia um adorno decorativo. Um pedestral no meio, que pouco mais tinha que um botão de ON e OFF para dar a maior parte do som.
E depois deste live acabei por ficar com a dúvida cruel, de que não precisava. O grupo que fez o altamente recomendável Walking on a dream, do final, é composto por músicos ou é só um produto de marketing a explorar o mais recente filão de ouro da Synthpop-rock ?


Laurent Garnier
Mon DJ chéri, Merci beaucoup, gritamos nós.
Tive tempo para saltar ao som do clássico The men with the red face. Com o DJ que incendiou o palco do clubbing. Com os seus fiéis amigos ao saxofone e à trompette. Houve mais música real, nesta tenda supostamente do tuch tum, do que no palco grande há pouco.
Last night a DJ saved my life, de perder tempo nas filas para sair do parking. Dance, dance, dance, até ao finalzinho !

Mlle_Carla, daqui a pouco vídeos clandestinos e caseiro, voltem mais tarde. Voltem sempre.

5 comentários:

  1. Eh pahhhhhhhhh. THE NATIONAL! Não me canso de rever este mesmo vídeo, como a voz dele permanece grande e ele alienado dentro da 'música'. TEns toda a razão, momentos altos deste concerto: TODOS!!!!!Inesquecível a essência, a humildade, a MÚSICA. I love you always MATT!
    IndieAna

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  2. Não gostando eu ser seguidor de nada (manias), eis que me vejo à espera e a ler tudinho vosso...e just perfect.
    Eu que não fui (a nada de festivais este ano), e sequioso de tudo o que se possa ler deles, mesmo que numa visão pessoal, mas também entendida, diga-se (digo eu), tenho adorado ler cada momento aqui descrito das fetivalices.
    Continuem!!!
    S.T.

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  3. ainda bem que os Empire of the Sun foram uma seca, tive que ir embora (sim, era suposto chegar a casa antes do sol nascer) e fiquei com alguma pena mas ao ver as penas em cima dos tipos (wtf???) estou a ver q não perdi grande coisa.

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  4. Indieana - É mesmo isso, ele fica completamente alienado dentro deste som fantástico, e ao mesmo tempo parece super próximo do público. São os The National e está tudo dito !

    S.T. - Obrigada por nos seguires, mesmo sem seres seguidor. Podes continuar com as manias todas que quiseres. Vamos continuar, fica descansado.

    Margarida - As penas foram o menos. Podes sempre contar com este blogue, estamos aqui para te reconfortar, quando não conseguires estar em todos os lados.

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  5. Deve ser da mania, mas sempre estive descansado.
    Venham mais espectáculos!
    Continuem!!! :)
    S.T.

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